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Mostrando postagens de agosto, 2020

Tinha que ser 27!

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 "Você nunca saberá a quantidade de vidas que transformou... Mas elas saberão" Foi com essa mensagem que eu acordei hoje. E é com ela que eu vou dormir. Hoje o dia foi um pouco sensível, e não poderia ser diferente.  Eu fiz alguém brincar com fogo... Apesar do estranhamento, essa frase salvou meu dia. E o meu dia literalmente. Uma menina linda, ora com 15 anos, ora com 25. Ora com fervor de ter uma vida adulta, ora com pânico de coisas que queimam.  25 anos e nunca tinha tocado em nada que tivesse semelhança com fogo. Nunca tinha feito comida sozinha no fogão porque o fósforo a impedia. Nunca tinha acendido a vela do próprio bolo de aniversário porque o isqueiro não deixava.  Hoje é um dia sensível porque eu recebi mais mensagens de OBRIGADX, do que de PARABÉNS. Hoje é um dia sensível porque a 3 anos eu recebi um título que me faria sentir algo diferente. Hoje é um dia sensível porque a 8 anos eu me matriculei num curso porque o nome era bonito. Hoje é um dia sensíve...

Não sou um deserto a noite

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Fui formada, servida, treinada e agredida para a frieza e escuridão. Não literal, até porque esse texto não é a confissão de uma seita satânica (ainda), mas trazendo em metáforas.  Frieza, no sentido ausência de demonstração de emoção. Escuridão, no sentido ausência de clareza consigo mesmo. Não existe um alvo pra dizer que sou assim por culpa desse ou daquele. Procurei por muito tempo, mas já entendi que não. Esse outro eu foi concedido a mim mesma.  Nos últimos dias a vida tem sido um misto de crueldade, gentileza e prazer, e sim, o meu 2 sempre foi 3.  Esse misto tem me assustado um pouco. Tem conversado muito, e convencido quase nada. Eu sempre gostei de discrição, mas amava as performances autênticas. Gostava de português, mas escrevia sobre matemática. Não arcava com as coisas abertas, mas me sufocava com as fechadas. Amava o preto mas via tudo colorido. Eu deveria ter desconfiado, porque algumas vezes eu dei bandeira sim. "Segure o Choro", aos prantos. "Não corra ...

GET - End 1

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Eu diria que fomos um grupo perfeito se acreditasse nisso, mas certamente os moldes que se formaram a partir dos nossos encontros foram bem suficientes para perdas, ganhos e especialmente, elo. E é isso que venho falar hoje... Três letrinhas inofensivas, mas se colocadas lado a lado, se misturam e se conectam por uma existência inteira e podem até se tornar indestrutíveis. Aos 7 anos eu comecei a escrever coisas que faziam sentido pra mim e que de alguma forma, me enriqueçam de algo que não mudava em nada a minha vida de forma física, mas me ajudava a manter uma coisa que vinha de dentro mas que eu também não sabia o que era. Somente dez anos depois, eu parei pra pensar, "Será que tem pessoas como eu?". E mais tarde, aos 24, decidi sustentar o risco e dar início a algo que pudesse proporcionar uma sensação semelhante, mas que ainda não tinha nome. E aí o GET nasceu Livre, leve e sem nenhuma expectativa. Perceber a escrita enquanto comportamento e compromisso terapêutico, é pr...