GET - End 1


Eu diria que fomos um grupo perfeito se acreditasse nisso, mas certamente os moldes que se formaram a partir dos nossos encontros foram bem suficientes para perdas, ganhos e especialmente, elo.

E é isso que venho falar hoje... Três letrinhas inofensivas, mas se colocadas lado a lado, se misturam e se conectam por uma existência inteira e podem até se tornar indestrutíveis.

Aos 7 anos eu comecei a escrever coisas que faziam sentido pra mim e que de alguma forma, me enriqueçam de algo que não mudava em nada a minha vida de forma física, mas me ajudava a manter uma coisa que vinha de dentro mas que eu também não sabia o que era. Somente dez anos depois, eu parei pra pensar, "Será que tem pessoas como eu?". E mais tarde, aos 24, decidi sustentar o risco e dar início a algo que pudesse proporcionar uma sensação semelhante, mas que ainda não tinha nome.

E aí o GET nasceu

Livre, leve e sem nenhuma expectativa.

Perceber a escrita enquanto comportamento e compromisso terapêutico, é praticar um autoconhecimento que gera aquela sensação que faz sair algo de dentro e nos faz, fisicamente iguais, mas emocionalmente estranhos.

E sim, estranhos! Porque tudo que é novo, desconexo do mundo e conexo consigo mesmo, é estranho. É como se algo existisse sem nunca ter sido criado. Como algo que traz em si a própria razão de seu fim. 


E então, vocês chegaram e deram a cara a tapa para esse estranhamento.

Qual poderia ser esse resultado, se não, muito maior que nós?

Bom, lembrem do GET como uma força colorida que transmite e transcende o que apenas um estranhamento pode sentir.

Se movam. Se conectem. Se arrisquem. Mas principalmente, se respeitem, entendendo que isso quer dizer: ter um elo consigo mesmo!


Essa minha última carta a vocês, vai ter um reprise... 

Vou mostrar a vocês não primeiro texto que saiu desse elo. Ele nasceu no final do ano de 2001 (se a conta tiver certa, eu tinha 7 anos).


"Elo"


Imaginem o colar de pérolas!

Provavelmente de grande valor. Cada pérola lado a lado com a outra, forma uma jóia que só pode ser adquirida com algumas notas altas e por pessoas de classe média alta.

Estás pérolas são únicas por um fio, que sem elas, provavelmente não vale nada. Um fio fino, transparente, sem valor nenhum e também sem beleza. Porém se ele fio se quebra ou se rompe de alguma forma, as pérolas se soltam e se espalham. E portanto, perdem seu valor. 

Assim como estas raras pérolas, são nossos comportamentos, nossos valores e princípios. Que são vistos, que viram status e que acabam por nos definir. Enquanto o fio, é o nosso compromisso interno consigo mesmo, que ninguém ver porque escondemos, porque adaptamos e deixamos sempre pra depois.

Mas percebam que se esse fio não for cuidado, nossos valores serão espalhados por aí, e talvez acabem nas mãos de quem não cuida da gente.

Nesse caso, a ideia é cuidado do fio, que mantém nossas pérolas em elo.

Comentários

  1. Essa expressão do fio só me fez lembrar de laços de amizade, que és fino, mas sustenta algo tão valoroso que nem riqueza física poderá romper, pois nem mesmo o tempo ou a distancia teria a audácia de separar. Arrancar do peito algo assim nenhuma cirurgia bem feita fará uma separação.
    Gratidão por me fazer relembrar algo que sempre me faz bem.

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    1. Baby, que saudade de ti. Fala comigo no pvd 85999978569.

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