APATHÉIA

Os meus romances são muito mais simples do que parecem, é a luta contra as aventuras calculadas. Porque o problema desses romances é a ausência do essencial: a inteira dignidade estranha de uma criatura completa. A fragilidade é simples como uma nuvem sem formatos prontos. É idealizada, rude, incerta e sobretudo, medíocre. Medíocre no sentido médio, morno, mórbido e bem mais ou menos. Por um momento eu achei que soubesse sobre o que estava iniciando um escrito, mas isso também foi incompleto, ou talvez nem isso.  Eu não posso voar, nem escrever.  O cálculo da sempre o mesmo número... Hoje!

 A gente não se conheceu pessoalmente, aliás, mais ou menos. Mas ainda assim, eu vim por meio deste, te desejar Paz em mais um aniversário de vida, já que está, nunca morre. Você não pôde me ver, mas eu fui a primeira pessoa que lhe viu, quando você escafede-se, e acredite, foi estranho. Eu sou meio medrosa e dou uma arregada quando o assunto é morte e afins. Mas ela precisava de mim, e eu, sem promessas, sabia que sempre estaria com ela. Eu também precisei vir aqui pra lhe tranquilizar sobre a sua biguda , sei que ela já andou dando uns trabalhos, e por isso achei importante ressaltar coisas aleatórias, porém essenciais. E dela, eu sou: metade terapeuta, metade amiga, metade amante (as metades sempre são 3). Ela se tornou uma mulher maravilhosa (e que mulher viu), ela é forte dentro de uma fragilidade máxima, é consciente de um jeito encantado, é linda e esquisita e sobretudo, é sua, com cada vez mais saúde. Não deve ser fácil ser pai de tantas pessoas como você é (os outros signo...

Sua risada merece tocar na rádio! (esposa dela - Dantas, RAFA) center;">Sim. Coisa linda. Tem cachinhos nos cabelos que parecem que saltam sempre que ela anda. Tem os olhos mansos mas que faz a base tremer quando me encontram. Tem a voz meiga e calma, com um som de uma risada que estremece a estabilidade de quem tem, dirá a minha que nunca nasceu. Tem as mãos que curam, mas que tocam forte apesar de suave. Ela foi o papel de parede do computador da mãe dela mais lindo que caberia nos meus olhos de menina com 20 anos. Ela é multicor. É o 7 do arco-íris. É a mansidão que serena. Sua companhia é na temperatura certa, necessária, e sobretudo, minha. Sim, nosso momento.  Ainda vejo flores em você. Eu amava a primavera, e colecionar sorrisos é trazer a primavera em si. A primavera é Ela! O laranja é o resultado que há, do cuidado do amarelo com o desejo do vermelho. Eu nunca lhe abraço sem fechar os olhos! Eu nunca falo de você sem sorrir! 🧡

"Toda demanda é uma demanda de amor" (Acreditem se quiser, mas estou citando o babaca do Lacan). Entre T.A.s e cansaços, precisei falar de Amor. E sempre, eu e minha mania de escrever as palavras importantes com letra maiúscula. O verbo 'precisar' acaba sendo muito simbólico. É humilhante e salvador ao mesmo tempo. Quem precisa, baixa a guarda, pede, implora e aprende a respeitar.  Todas as pessoas odeiam e amam a alegria confusa e oscilante do Amor. Ela é turva, desconexa, vulnerável e bela. No Amor se ama todes os dias, todes as pessoas e seus horrores. É saber que ceder é além de dar, mas também se danar de inquietação, chorar de lamentação, bater de imposição e ressignificar sem nenhuma explicação. Com Amor se ama sem começo nem fim. Ele é livre de todas as dores, apesar de ser casado fielmente com elas. Ela suporta todas as mazelas, apesar de não sobreviver a elas. Ele recomeça todos os fins, apesar de existir para sempre apenas nas memórias.  O Amor é um horror...