Amor de Lisbela!
Será que Lisbela tem razão?
Como todo seu jeito de mocinha ingênua, de lacinho rosa do cabelo e vestidos rodados.
Será mesmo que, como ela diz, o Amor não cabe da maior parte das definições, porque ele não é aprendido nem citado.
A relatividade do amor tem sido cada vez mais ampla, e estamos cada vez tão tendenciosos a nos acostumar com a falta dele, assim como justifica-lo em qualquer ato comum.
Nas paixões cabem maravilhas, endeusamentos, cansaços, auges máximos de prazer e até completude.
Nas amizades cabem reciprocidade, paciência, confiança, aturações e até as velhas vergonhas.
Nas relações cabem histórias, crescimento, produção, parcerias, desapego e novas adaptações.
Mas no Amor... Eu não sei o que cabe.
O mais perto que consigo chegar, é dizer que nele, cabem os sorrisos espontâneos que não cessam jamais, cabe um brilho nos olhos que não apaga, cabem besteiras que não fazem nenhum sentido, cabe a sensação de estar admirando, melhorando, orgulhando e sobretudo, sendo digno de tudo aquilo.
Cabe a pouca ou muita idade.
No Amor não cabe mágoas, rancor, orgulho nem preconceito, muito menos indiferença. Amor é se sentir em um lar, e ter por quem voltar.
O Amor não está no auge, nem no desfecho, está no 'entre', e no deixar-se adentrar.
No Amor não cabe mágoas, rancor, orgulho nem preconceito, muito menos indiferença. Amor é se sentir em um lar, e ter por quem voltar.
O Amor não está no auge, nem no desfecho, está no 'entre', e no deixar-se adentrar.
Cabe ao mesmo tempo, a amizade mais íntima, o desejo mais ousado, os planos mais firmes, e a piada mais ridícula.
O Amor não é ação, não é teoria, definição, tempo, nem é pertencente somente a seres superiores.
Muitos passam pela vida achando já ter amado pessoas incríveis, mas na verdade, quem ama, não sabe que ama.
E por isso não tem como explicar, agir, nem renunciar.
Acontece, acreditem se quiser, de uma forma pura.
Não começa com grandes encontros, com pessoas bonitas, inteligentes e prontas.
Não acontece de forma gradual, emocionante e criativa.
No Amor não existe título que o rotule, não existe tempo que o enfraqueça, não por ser forte, mas por ser estável. Estruturado. Básico. Simples.
O Amor não estar para os casados, namorados, pais, filhos, etc. Ele estar para quem sabe exatamente do que estou falando.
Não irei encontrar palavras pra escrever sobre isso, assim como poderia passar a noite inteira tentando. Mas sei que quem sabe, entende o que está tentando ser dito, e quem não sabe, vai somente achar interessante.
Sim, Lisbela tem razão. O Amor é apenas Algo.
E existe algo nesse Algo que só é possível expressar, escrevendo-o com a primeira letra maiúscula, porque o restante desse entendimento, não pertence à mim.
Ahh, eu só quero o leve da vida pra te levar.
E o tempo para.
É a sorte de levar a hora pra passear
Pra lá e pra cá, pra cá e pra lá
Pra me danar, por essa estrada mundo a fora ir embora.
Sem sair do meu lugar!
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