Tu

Dar-se conta da vida, não está para somente amadurecer.
Existem uma série de pessoas maduras que ainda aguardam a fé mostrar o caminho como se ele fosse o seguimento da nossa direção.
Enquanto a claridade e excesso de iluminação resseca a vista de quem acha que está vendo, percebo como as coisas sujas ficam mais aptas a serem consertadas. 
Enquanto a comunicação é um imenso reforço a descobrir desconcertos, percebo como sem ela, falamos, falamos, falamos, e jamais conversamos.
Enquanto tudo se molda ao contrário, percebo o quão gratificante é, perceber uma escolha certa.
É como falhar no excesso.
Destoar na falta.
Embaraçar a fala.
Desconfigurar a falha.
E descobrir no meio...
No meio do que não se tem linha de partida.
No meio de onde não tem linha de chegada.
No meio de onde não vem ordem.
No meio de quem não quer sair, muito menos chegar.
Nosso meio, que tem uma vida à entrelaçar.
E laços, pra o mundo não desatar.
E atos, pra no mundo não se estreitar.
E estradas, pra gente por aí caminhar.
Dar-se conta da vida, está para além de todos os 'quantos' e 'quandos'. 'Comos' e 'o quês'. 'Ondes e porques'.
Seja no sempre ou no nunca, manter-se no meio é se dar conta de ser sempre maior que as definições.
Mais transparentes que os padrões.
Mais enquadrados que os tostões.
Mais custeados que os porões.
Mas não finitos como as missões.
E sim como os principiantes de descontextos.
Como os sabores dos nossos cortejos.
E por ai vai se criando os sonetos.
Que quando menos se espera...
Perdem as rimas.
E vira a melhor companhia.
A mais bela possível família.
A minha menor agonia.
Enquanto mal saberia.
Que você é tudo que se quer para o dia.
Dia de nós.
Dia de voz.
Dia de ver.
E de perceber...
Não apenas é uma fase da Lua, mas é quem segura a minha mão para transcorrer o universo inteiro.
Finalmente chegou a hora de me dizer:
💙

Eu amo você 


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Viva a Mesa Viva!

TRIN(QU)EI

Fiz as pazes com o Natal