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Mostrando postagens de julho, 2021

Perdido ficou

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 Desconstruir é aumentar espaço para caber o necessário, e se desfazer do inútil compensador.  Somos seres criados e moldados pela cultura do status, do ego e da quantificação. Sabemos como adquirir, mas nos perdemos ao abrir mão. Fraquejamos ao chorar, e consideramos um ganho de força sorrir nas dificuldades. Desvalorizamos a tristeza, mas a escondemos diariamente. Estamos em matrimônio com a hipocrisia e falamos dela pelas costas... A tecnologia veio para somar praticidade, inteligência e comunicação. Mas com a chance da 'prática', fazemos 'repetição'. Com a 'inteligência', fazemos 'alienação'. E com a 'comunicação', alteramos as verdades (fake news).  Não deveria haver uma culpa ou apontamento crítico a tecnologia. Assim como ela, temos uma história milenar de oportunidades... Conseguimos o direito ao voto secreto, pela privacidade, liberdade de escolha e democracia. Mas decidimos expôr o exagero, e a política regrediu a ponto de se tornar dil...

Excesso de nada

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O brilho dos meus olhos são flashs. O toque dos meus dedos são canções. Um filtro colorido nas minhas vestes. Um comentário forjado por uns tostões. A verdade não universal me atravessou. A real face das origens me excluiu. Os contatos e relatos me profanou. E o receio a rejeição me induziu. Mudo, foi quem se calou mesmo falando. Cego, foi quem se alienou mesmo vendo. Parado, muitos ficaram mesmo andando. Vazios, por fim nos tornamos e não percebemos.

Dançando com demônios

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  I've been good, don't I deserve it? (Demi) Morri mais de 7 vezes; afundei mais de 7 metros; fui feliz nas sextas-feiras 13, ganhei presentes no halloween e usei preto no réveillon. Foi feito como manda o figurino que eu tanto estudei: cicatrizes verticais, drogas liquidas, chamadas indefinidas, excessos contidos etc. E amanhã, acordo com o sol fazendo meu astigmatismo mostrar que precisa de uma cortina mais escura.  Fecho as portas, a cara, as opções, os olhos, a conta no spotify e as margens para contextos externos. A conexão falha quando a gente se move ao contrário. A dispersão salva quando somos vistos por dentro. É mais cômodo forçar a barra da ignorância, e somar a estatística de leigos ou comuns. Ser de propósito ou por um propósito, é falho, raro e moderno demais para essa época contemporânea. Mal conseguem respeitar as tatuagens coloridas e piercings prateados, imaginem o caos que reinaria se saísse da minha boca que, sentir-se por dentro é dançar com demônios inte...