Deixa Queimar!
Era uma noite agradável mediana, já passava nas 21h, e eu seguia firme e extremamente fraca nos meus excessos de fuga. Buds, bads e por aí vai. Focada em manter todo tipos e amor em modo avião, seguiu-se à noite a fora.
Os excessos que me levavam a inconsciência, me deixavam mais próxima de memórias também inconscientes, como sonhos. E resolvi, naquela noite, escrever sobre isso. No máximo 3 segundos de subconsciência e resgatou os desejos mais insanos de tantos anos de sexualidade aguçadissima. A boca mais afrontosa que eu já toquei. Eu lembro de ter tido uma das sensações mais orgásticas que já pude ter até então. Uma selagem apenas, eu desconfigurei.
Acordei. Escrevi. Esqueci. Afoguei em 2 milímetros de Bud. Queimei com erva no final. Bodei. Acordei…
Nua, com o olho ardendo no astigmatismo. Em frente uma janela da sala alheia. Inteira, satisfeita e dolorida com marcas de mordidas. Estava incrível. Porém, minha memória me traiu. E veio o questionamento, quem?
As horas estavam passando devagar porque eu insistia em tentar interpretar o comportamento das pessoas da casa, no objetivo de descobrir com quem eu tinha tido uma noite de intensidade tão máxima que o lobo cerebral não deu conta.
No decorrer do dia fui encontrando objetos que me pertenciam. Minha calcinha entre o sofá e o cachorro, meus brincos do lado da cama que eu não dormi, e por fim, encontrei uma marca roxa no braço dela…
A mesma dona da boca dos meus sonhos. Ela me olhou e disse enquanto apontava pra marca, “isso aqui tá doendo viu”. Eu consigo sentir o frio na barriga que senti naquele exato momento. E apesar de ter entendido tudo, fiz questão de perguntar, “o que aconteceu?”. Mas claro que ela não respondeu, ela fez melhor. Ela me lembrou.
Eu não sei quanto tempo tem quatro horas, mas foram as mais absurdas de uma noite sem fim e sem filtro.
Fiquei sabendo que enquanto estava desmaiada no álcool em cima de uma cama king, ela resolveu ir me ajudar e ver se estava tudo bem. Quando ela pegou minha mão pra me levantar, eu a puxei ~ ela se jogou, e a gente se beijou, e se tornou real tudo que já tava embaixo do tapete, dos meus olhos e dentro da garrafa.
Quando fomos dormir, nada disso finalizou. Ela ainda me fudia mesmo em posição de conchinha… o que eu posso esperar de uma pessoa assim, se não, ficar completamente de quatro por ela? E fiquei. Fomos pro sofá da sala, ela me teve toda pra ela com a língua, com os dedos, com os olhos e com o que eu sei mais o que eu tô escrevendo aqui.
Me deixou de quatro, puxou meu cabelo. Me comeu, chupou, fudeu, me deu um beijo só pra deixar claro que tinha acabado com a minha vida, e disse rindo bem debochada, “vamos dormir?”. Eu obviamente não consegui responder.
Fiquei no sofá sentada, ainda sem calcinha e com as mãos na cabeça, enquanto ela me olhava da porta me chamando pra ir dormir. Ela, como uma mulher maravilhosa que é, foi e me deixou lá (sem calcinha). Bom, apaguei.
Após ter me contato toda essa perdição moral da minha dignidade, ela estava lá novamente. Na minha frente, linda, nua, toda e me deixando perdida por ela de tantas formas que já me perdi de novo no texto.
Passou-se mais de um ano dessa noite, e sim, eu senti frio na barriga, arrepio, e certamente, já g@#€%.
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