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Mostrando postagens de julho, 2023

Entra na Fila!

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  Quando eu era adolescente, criticava com unhas e dentes os seres não pensantes. E não me referia a criaturas não racionais, mas a criaturas nascidas com raciocínio lógico e que haviam optado por praticar a vida sem isso. Claro que eu sabia que isso resultava de contextos, declínios, justificativas, fugas e esquivas. Eu sabia que não eram recortes apenas. Mas ainda assim, a obsessão pelas verdades sempre me dominava, e eu achava um gigante absurdo, pessoas não pensarem sobre a vida, não refletirem e sequer, ousassem se desenvolver. Era como se virassem as costas para a evolução, e portanto, definhavam sem revolução. O que aconteceu? Bom, simples! O tempo passou! Eu cresci, envelheci. Amadureci e me responsabilizei por tantas e quantas coisas dessa vida a fora. Não reclamo! Não lamento!  Mas pior que isso… parei de pensar. Sabe a história do “que eu quero ser quando crescer?”; finalmente eu entendi o porquê algumas pessoas param de investir nesses desejos; porque de nada adian...

Minha Chance

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Eu gosto dos muitos conceitos da palavra Reparo . Tenho a impressão que são definições diferentes em uma palavra só; Reparo de observar; Reparo de consertar; Reparo de partilhar; Reparo de cuidar. Quase sempre que é possível eu tento repassar algo bom as pessoas; E o fato é: quando nos deparamos com alguém que pratica todos os tipos de reparo, sem sentir a necessidade de uma reposição, case com ela(e)! E isso não se trata da sua grande história de amor, e sim da sua grande chance!

Há fantasmas no meu quarto

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Talvez não exatamente no quarto, mas eles me acompanham por boa parte da vida. Eu lembro de quando eu não me importava com algumas energias vitais. Eu amava uns e outros, mas não me relacionava bem comigo. Me achava fraca além de frágil. Quando me perguntavam o que havia me feito mudar de ideia, eu sabia imediatamente, porque era algo sentido…  Uma vez ouvi numa música que quando o Amor é identificado através do cheiro de Menta e Pipoca; e assim foi. Algumas coisas ganharam um sentido a mais, quando Menta e Pipoca nasceram pra mim. É como se eles precisassem de mim, e portanto, eu tenho vontade de viver e de está bem, pra partilhar a vida com eles, todos os dias. Mas os fantasmas continuam lá; afinal, eles não morrem! Eu percebi que fui construindo minha bolha através dos anos. Hoje consigo saber de que ela é feita, e não me parece ser algo bom. A minha bolha é um lar! Não tem isso de ser acomodado ou conveniente, mas foi o primeiro lugar que eu pude ser de verdade, e nem eu sabia ...

Ninguém está vendo!

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  Eu era escritora, me expressava através das linhas tortas da literatura nua. Eu gostava, era estranho, as vezes rimado, mas quase sempre tinha cheiro de primavera queimada. Meu cabelo fedia as cinzas de cigarro de palha vencido, meus pés eram sujos e eu sempre tinha um paracetamol pra lidar com uma dor de cabeça leve pós bud. A vida mudou! Eu parei de beber e fumar, apesar dos meus pés continuarem sujos, eu mal uso paracetamol; porém, não consigo respirar. Tenho uma família linda, cheia de vida, pêlos e cocô. Uma mulher que muito mais é minha parceira. Bom, ela me dava água quando eu vomitava… então, se tornou uma companheira da minha vida. Além dela tem as outras 8 patas; o sentido de eu querer me salvar todos os dias. Vocês também se apaixonariam se conhecessem. A grande questão é que algo me desligou, como um botão, uma alavanca, ou algo assim. Dentro da minha bolha eu funciono quase com exatidão, mas fora dela, eu perco o fôlego. O mundo tem sido como um sugador de energia, q...