Minhas menores histórias de amor
Como dá pra ser poeta e ter medo de amar? Cássia Eller trouxe esse questionamento a tona e eu já nasci com essa falha na matriz. Eu consigo saber as minhas configurações de fábrica, consigo saber exatamente o meu funcionamento quando cedo espaço pra caótica desfuncionalidade de está apaixonada. Eu nunca consegui viver sem alguma intensidade que claramente é capaz de me matar. Gosto do perigo e como diriam meus mais próximos amigos, eu sambo na cara dele. É o que me impulsiona a vida, beirar a morte do racional. Sempre me apaixonei por tudo. Sempre vi amor em tudo. Mas eu sou artista. E a minha função era eternizar isso através da arte; mas sentir?! Sentir me vulnerabiliza. Já deu pra entender que não é sobre a ideia de controle, e sim sobre exposição. Eu até fico nua com muita facilidade… Mas não por dentro. Por dentro é diferente. É como se faiscasse sem remoço. Como se diluísse sem liquidez. Eu fico fraca! Inospedável. Não consigo ser casa pela metade; muito menos segurar...