Haja álcool e papel


 Hoje eu acordei ouvindo; “é por mulheres como você, que os poetas surtam, se acabam em bebidas e escrevem mil poemas que nunca serão lidos”.

Ahh quão bom seria ver alguém enlouquecer, e melhor ainda, como seria hipnotizante poder não ler um poema. 

Amor, meu médio amor, a banda sempre tocou de forma contrária a me contrariar!


Os poemas nunca dirão a que veio, porque eles nunca dizem algo gabaritado. Não são fluxos, não são diretos. Poemas são a toa, eles flutuam sob as suas expectativas e surpreende todas elas, as vezes, somente por não serem nada demais.


Fazer poesia é criar na entrelinha, uma brecha pra entrar, emocionar e sair como quem nada nunca quis.

Fazer poesia é deixar nascer os amantes, não como entidades, mas como necessidades de fôlego, pra muito pior passar.

Fazer poesia é escancarar dias cinzas e fazê-los coloridos aos olhos de quem sequer sabe ler.


Não há nada mais belo que a arte, 

E não há ninguém mais fudido que o artista!


Eu faço poesia pra lembrar de como eu sempre quis tudo! 

O mundo, os amores, os amantes, os depois, e a trágica memória de um passado que antes de passar, eu eternizei o transformando em arte!


Eu sou uma dessas mulheres sim!

Mas também sou o surto;

Também sou as bebidas;

E sou exatamente os poemas que nunca serão lidos!


Porque a arte é feita pra ser partilhada…

O artista é apenas a sua fonte de loucura e a própria razão de seu fim!



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