Quando Bate Aquela Saudade - Rubel


Amar é também saber quando desistir... 
Tanto tempo se passou, e essa citação volta, cada vez com mais êxito em destruir tantos sentimentos planejamentos, intuições, e sobretudo, parceiras. 
Estas, organizadas para uma vida inteira. 
E então, decepção. 
Essa triste palavra não sai da minha cabeça nem das minhas madrugadas. 
É intrigante a dádiva que tanto nos alertam de termos recebido. 
"Humano: a única espécie capaz de..." Não importa! 
Seres humanos não conseguem suportar a "dádiva" de serem humanos. 
E mais uma vez, tudo que temos é um bom e unânime título. 
Inexplicavelmente temos a oportunidade de sermos um grande alguém, termos uma grande história, mas nos mantemos no anonimato. 
E o motivo é simples porém, também inexplicável, preferimos sentir. 
E quem se atreverá a explicar estes tais sentimentos? 
No entanto, nos atrevemos a não tolerar senti-los.
E então, como bons protagonistas de histórias vazias, mas com um bom título, nós falamos de amor. 
Conhecemos sua beleza, sua grandeza, seu encanto, sua marca, mas não somos humanos para conhecer sua força. 
Não uma força que move montanhas, mas uma força que faz surgir montanhas, onde não há nada. 
O amor é sobrehumano e sobre humanos, não para meros humanos. 
O amor é tao forte que nos deixa fracos a ponto de não suportar senti-lo. 
E nós como bons meros humanos, só conseguimos ver uma bifurcação. 
De um lado, vamos morrer de tanto sentir. 
De outro vamos deixar que a vida molde o nosso sentimento a algo mais leve, para que nós, egoistamente, possamos sobreviver para então contar mais uma história. 
O amor, ahhhh o amor... 
O amor é essa bifurcação. 
Quando se chega a ela, ele voa. 
Vai pra cima. Para cima. 
Mas nós preferimos chamar esse início da bifurcação de causa perdida, porque qualquer um dos caminhos que seguirmos, vai nos fazer permanecer na perdição do nosso limite de não conseguir voar.
Isso não é sobre mais um Eduardo e Mônica. 
Mas também não é sobre um Tristão e Isolda. 
É só sobre um que se perdeu no meio destes.
Porque dessa vez, chovia.


"... Olha bem mulher

Eu vou te ser sincero
Quero te ver de branco
Quero te ver no altar

Não tem medo não
Eu sei vai dar errado
A gente fica longe
E volta a namorar depois ..."

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