Esse rio descansará


Eu hoje tive um pesadelo, e NÃO levantei a tempo...

Já havia passado toda e qualquer oportunidade de tornar relevante o que nem lembramos/lamentamos mais.
De repente a gente vê que perdeu alguma coisa.
E como de costume, eu escrevo.
Mas tudo vai bem. Tudo certo assim, como a grande soma de dois e dois do Caetano.
Qual seria a verdade, que até hoje não se sabe. 
Não se pergunta. 
Apenas se ofende, julga, critica e sofre.
Você desde sempre foi uma média pessoa. De média inteligência, responsabilidade e caráter. Média simpatia, romantismo e fidelidade.
E você pode até está pensando, o que eu faria ou queria com tantas médias, ou com uma pessoa tão média. 
Pela possibilidade de melhorar/complementar. 
Pessoas grandes são sozinhas!
Bom, você era a exatidão que eu quis por tanto tempo. 
Sua média era suficiente para que eu juntasse com todos os meus médios valores, planos, estresses e bobagens. 
Sua média em histórias era totalmente proporcional com a irônia dos meus devaneios absurdos, risadas escandalosas e comportamentos exagerados.
Sua média paciência era o bastante pra arcar com a minha "insuficiência" intelectual de não ter assistido filmes clássicos ou de nunca aceitar ler o lobo da estepe.
Sua média ignorância, era rica quando eu precisava reconhecer a seriedade de um limite ou inquietação.
Sua média tristeza, era fundamental pra eu me sentir importante e de alguma forma melhorar na medida média o seu dia.
Sua média calmaria, era contagiante e me deixava em Paz nos meus momentos de pura euforia e respostas imediatas.
Seus médios movimentos eram solos firmes para os meus passos tortos e desequilibrados.
Sua média experiência foi uma aprendizagem que me moldou ao que eu precisava saber.
Suas médias [péssimas] piadas foram irritantemente essenciais pra me fazer retomar o meu pouco senso de humor e finalmente conseguir rir do "sins" e do "sois".
Sua média felicidade, foi o encaixe perfeito para as minhas crises de loucura e imperfeição.
Suas médias promessas foram as responsáveis por iluminar grande parte da ausência de luz, que existia no meu lado sensível [recatada, do lar, dona de casa e esposa].
Suas médias iniciativas, me asseguravam da minha audácia e ousadia desregulada.
Seu médio amor, era o máximo que me fazia estremecer de prazer e chorar com a sua ausência.
Sua média falta foi a oportunidade que também me faltava, pra te escrever, mesmo meses depois, e dizer que você será uma grande história da minha média vida. 
E então vem a pergunta, porque construir prédios enormes e totalmente descartáveis, se você pode fazer cartões de felicitações que serão eternos?
Nossas médias diferenças e semelhança se mesclaram, dando assim, oportunidade a nossa vida, de ser palco de grandes memórias.
Lembrarei de você comigo. 
Lembrarei de você em mim.
Lembrarei de você pra mim.
Lembrarei de nós.

Hoje eu acordei com medo, mas não chorei!


Hoje eu sei, o que fazer pra perdoar você
Ha um motivo escondido no meu coração
Que não se cansa de me machucar e me lembrar
Das coisas tolas e perdidas que você criou
Sim, bem sei como deixamos estender nossa desilusão
Não deveria ter vivido tanto tempo assim
Sem o seu amor, olha pra mim
Eu já não sou mais o menino que você deixou
Mas o tempo, é um amigo precioso
Que fica sempre observando aquele instante
Que alguém tentou se aproximar
Mas o tempo, é um amigo precioso
Que faz questão de jogar fora 
Aquela mágoa vencida que ficou.
Sofro por não ter pensado em te dar um desconto
Pus o rancor pra cuidar de tudo
E vi que a vida mudou num segundo
As vezes choro
Pois sei que não posso deixar que o passado
Invada meu mundo
Lembrei do perdão
E vi nós dois construir um futuro.
[Cidadão Instigado - O Tempo]


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