Imperfeita Simetria

A teoria Comportamental estuda que a expressão pode ser entendida como uma habilidade social, que uma vez não treinada, gera uma série de comportamentos inibidores, que podem levar a extinção verbal, no sentido expressivo do contexto.
Nossa expressão vem de inúmeros vieses, sendo alguns, cantados, escritos, dançados etc. O seguimento e aperfeiçoamento atua como agente reforçador para isso que chamei de "treino de expressão" para que nosso equilíbrio emocional se mantenha na justa medida.
O fato é que algumas palavras, tem dupla conotação, podendo causar reforço e/ou inibição.
'Ok' por exemplo, tornou-se mecanismo de uma variedade de situações, porém, venho falar de duas em especial: o 'ok' que vai, e o 'ok' que fica.
No que se refere a relações, sejam de qual âmbito for, necessitam de expressões treinadas e reforçadas. Ou seja, o 'ok' que vai.
Um 'ok' serve para, de alguma forma, pontuar o que se encerra, para então, começar de novo. O grande propósito do 'ok', é fazer, seguir-se o baile, mas a maioria das pessoas não acreditam no que dizem.
Conversas inacabadas, mágoas cristalizadas, sonhos interrompidos, perdões não perdoados, humores mal interpretados. 
As condutas estão cada vez menos esclarecidas, e isso é além de tudo, um destreinamento de expressão, resultando em comportamentos inibidores. Ou seja, o 'ok' que fica.
Algumas situações da vida, precisam ter e/ou ser um 'ok', porque logo após ele, vem uma outra história. 
E enquanto tivermos uma história para contar, não iremos nos sentir sozinhos.
Dividir sorrisos, é mais divertido que dividir conceitos. Trocar olhares, é mais tentador que trocar prejuízos. Aprender com os finais, é tão interessante quanto provocar novos inícios, mas manter-se no inacabado, anonimato, é simultaneamente perigoso e confortável
E não há nada mais vivo que a mudança, o movimento.
Um 'ok' não serve para "ser educado ou elegante" ou "para não deixar o outro perceber". Um 'ok' serve para querer o bem, mesmo não sendo seu. Dizer que gosta, mesmo não sabendo o que é. Desejar a sequência, mesmo saindo da ordem. É como dizer que ama, pelo suor que saí do corpo, e não pelo "eu também".
O 'ok' é gestual, expressivo, habitual e ofensivo. Mas é através dele que também expressamos o contato, a semelhança e a diferença. É também a partir dele que se conecta a fragilidade com a força.
E 'ok' ganhar, assim como 'ok' perder.



Quem sabe e consegue dar um 'ok'
Reconhece o que se liberta e o que se impregna
Porque com ele o elo pode
Se transformar em falta ou em rima

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