Espelhos

O susto mora no estar mudo!

A história do entre nunca cessa, especialmente quando ele causa a "mudez". O ensurdecedor som que a gente faz mesmo estando mudo. 

O conceito de barulho tende a se desfazer, quando estamos prestes a gritar e o que desce é uma lágrima silenciosa, assim como quando estamos prestes a calar, e um tremor sai de dentro como se nossos músculos virassem líquido.

O susto mora na suspensão de apriores, e na indução de memória, que é condutória, escrachada, reservada e paralisante. Ela é amante, debochada, incisiva e aleatória. 

A causa perdida de todas as coisas, vem do estar mudo, se estende por ser impuro e finaliza no desmoronamento de tudo.

Toda causa é perdida. 
Toda perdição tem uma causa.
São os indícios e precipícios.
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São os malefícios e benefícios.
Toda perdição tem uma consequência.
Toda consequência é um ganho.

A causa ganha de todas as coisas vem do estar em tudo, se estende por ser impuro e finaliza no estar mudo.

O susto morre no suspiro do alívio, e na exatidão da sensação, que é perdida, reconhecida, identificada e formatada.

A história do entre nunca cessa, especialmente quando ela causa a nudez. O ensurdecedor silêncio que a gente faz mesmo gritando. 

O conceito de silêncio tende a se fazer, quando estamos prestes a calar, e o que sai é um grito escandaloso, assim como quando estamos prestes a gritar, e o corpo fica imóvel como se nossos músculos se enrigecessem.

O susto mora no estar nu.

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