Primavera


Eu sempre me perguntei o que seria a fonte de uma pulsão de vida. E claro, as respostas teóricas são enormes e chatas, eu nunca tive paciência pra elas. 

Mas a proposta de definição é um tanto simples, ela tá no som da sua risada, na mansidão da sua voz e da intensidade do seu olhar.


Você é única no tremor do meu corpo. 

É singular no frio da minha barriga.

É coerente na exatidão dos meus freios.

É linda de todas as formas e formatos. 


Eu sempre me perguntei o que seria o alvo de um encantamento. E claro, as respostas teóricas são chatas e enormes, eu nunca tolerei elas. 

Mas a intenção de conceito é linda, ela tá na forma como você caminha, na suavidade das suas mãos e na brisa das suas cores.


Você é linda da forma como se porta.

É gentil em todas as belezas.

É sua por inteira.

É um cuidado com estilo próprio.


Eu gosto do jeito como você suavisa a vida.

Gosto da maneira como você organiza a fala.

Gosto de como você leva o mundo.

Gosto de você como se o tempo não passasse.


Você é linda de todes os ângulos.

É inteira de todes as dores.

É completa com todes as companhias.

É liberta em todes as cores.


É luz. É vento. É o ar. É um tormento.

É importância. Inconstância. Essência. Presença.


É o que a vida cuida.

É o que o mundo modera.

Não cabe a todes.

Você é Primavera. 


Cada centímetro dela é lindo!

Meu primeiro pedaço vai ser inteiramente seu.


O vale é o melhor lugar pra se viver.

Você é o vale!

Você, vale!



 

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