Enfim, congelamos
Eu sempre tive medo do gelo; porque mesmo depois que ele derrete, vira líquido, e se perde. E do líquido, evapora, e vira ar; e daí, nada sobra.
A gente mente quando prega um amor que tudo tolera e jura aos quatro cantos do mundo que a fidelidade do corpo é sempre a mais forte; é aí que o fim começa; sorte que o mundo não tem cantos; porque ela, a fidelidade, cede. Quase como se diluísse na fragilidades dos dias pálidos.
O amor, claro, segue intacto; mas é aí que tende a nascer uma percepção perigosa e, infelizmente, eterna, a partir deste momento… o corpo que deseja pelo suprimento, parece não fazer parte do corpo que traduz as emoções e planeja a velhice em união. Mas são!
E insalubre, insano, pecado, é extremamente estimulante. Como um redbull, só que funcional.
Deixar o corpo de volta na “pista”, e ser sã para pegar carona com quem passar; esclarecendo condições óbvias, mas se deixando vazar.
É fluido, e dessa vez, viscoso;
Alguma coisa sai, para o que há “entre” se mantenha.
Quando o “entre nós” congela, alguma chama que nasce por dentro, nos chama pra sair um pouco, numa noite de lua nua.
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A fiel história de uma traição.
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