Freia!
Qual seria o próximo grande investimento
da humanidade, se não existisse os títulos e rótulos para manter a função de
amedrontar, padronizar, organizar e selecionar os próprios seres humanos?
Interessante como a busca de um nome se torna também parte da nossa rotina e
cotidiano.
Em composição do grupo Engenheiros do Hawaii, na música Piano Bar, é
citado “Na verdade, nada, é uma palavra esperando tradução [...]”.
Isso é um
exemplo que explica a nossa busca imediata de nomear tudo e então criar uma
função, para esta, virar uma produção, que caso tenha bons resultados, volta a
se repetir, no contrário, é providenciado um outro nome.
Tenho a sensação que
estamos trabalhando o tempo todo numa fábrica de movimento e atividades, que
infelizmente hoje, chamam de dignidade.
Na
realização de uma agenda diária, percebo que há três coisas no meu dia, as
quais tenho maior autonomia, aquelas que faço ‘por fazer’.
Sendo elas, brincar
com minha poodle, avisar do horário do remédio da minha avó e escrever.
Coincidentemente, estas três ‘atividades’ poderiam receber uma infinidade de
nomes, e por isso, são as de melhor conduta.
A
busca desenfreada por status que enriqueça e engradeça a pergunta “quem é
você?”, tornou-se uma disputa descontrolada e mais tarde, desumana.
Durante a
leitura do texto em questão, faço um recorte, [pg. 3] “A maior ou a menor
variação desse tempo na vida dos indivíduos organiza-se e estrutura-se de
acordo com padrões assimilados sobre como se deve dispor o tempo para as
diversas atividades, além de como o sujeito valora o sentido do tempo cotidiano
para si”.
Entendo que esta assimilação que por sua vez, não deixa de ser
cultural, vêm trazendo muito a ênfase do que é forte, no sentindo de
impactante.
Ou seja, espera-se algo avassalador para dar início a algo
importante.
Fatos extraordinários não irão acontecer, estes somente se
potencializam de acordo com nossas próprias construções e posturas diante de
como vemos um fato.
Nossos dias estão recheados de medos
e preconceitos, vivenciados com tanta estupidez, em tão pouco tempo acelerado.
E mais uma vez,
voltamos ao tempo.
Lembra-me de uma escrita nao terminada.
ResponderExcluirUma critica do conceito, pra ser mais exato, aqueles conceitos que apriori ja determina uma relação e que reproduzimos achando algo ontologico.