Big Bang

É cruel se questionar onde é o começo das coisas...

Claro que se pensar com calma, chegaríamos a uma origem, não de todas as coisas, afinal, enquanto eu acredito no big Bang, vocês podem acreditar na tal costela de Adão. Mas dessa vez eu me refiro a origem do conflito que ainda me tira o sono.
Alguém já parou pra pensar na rejeição? 
Eu escuto sobre ela todos os dias... Rejeição matrimonial, familiar, amigável etc. Confesso que antes do consultório, nem eu sabia que haviam tantas. 
O fato é que há.
E acredito que isso significa que para compreender o conflito da minha insônia, também há uma origem, assim como, uma rejeição.

Eu poderia começar falando sobre a minha conta bancária. É isso mesmo. BB. Essa conta foi criada com o propósito de receber um valor mensal de pensão. E isso foi a 15 anos atrás. 

Porém, eu também poderia começar falando sobre fitas de vídeo cassete. Há 16 anos, na minha casa, tinha um quarto que tinha a função de biblioteca. Nele, havia, além de livros, desenhos, CDs, e fitas de vídeo cassete... Um belo dia, como outro qualquer, que criança fica entediada e resolve mexer nas coisas, eu mexi em uma dessas fitas, e entre a fita e a caixa, tinham alguns papéis. Mais precisamente, cartas apaixonadas, ainda com cheiro e com uma letra bonita e inclinada pra direita.

Mas, eu também poderia voltar um pouco mais, e dizer que esse texto poderia começar numa convivência desgastada que eu insistia em presenciar ao longo dos anos 98/00, mesmo que escondido. Talvez em algum momento, que eu não via, tinha alguma explicação pra isso. Mas vai saber...

Ou, poderíamos voltar ainda mais, e ir para o ano de 1994, mais precisamente entre fevereiro e março... Quando alguém queria engravidar e o outro não concordava muito (histórias que eu ouvi falar).

Muito difícil!

Bom, na dúvida sobre por onde começar, eu resolvi pensar por onde terminar. Deve ser mais fácil. Vamos lá.

De repente eu poderia citar, o ano de 2005. Foi um ano que eu senti vontade de reprovar de ano, mesmo sendo uma excelente aluna, mas não queria mais fazer parte daquela turma, que todos os meus amigos me olhavam estranho como se tivessem com pena de mim 

Mas também poderia ir para o ano de 2010. Quando tive a sensação de ser invadida, por dentro e por fora. E mesmo entendendo o quão essa sensação poderia me matar, testei viver com isso.

E quem sabe, poderíamos ir para 2012, que por falar em morte, foi quando pensei nele de uma forma mais literal. Quem sabe isso traria algum tipo de fechamento ou quem sabe uma explicação. Afinal, seria um fim (já que eu acreditava no Big Bang).

Mas aí eu penso em 2017. Conheci a expressão. Conversei com a tal saúde mental, e resolvi dar uma chance a ela. 

Difícil também!

Eu nem lembro mais o que eu estava tentando saber com essa coisa de início e fim, quando comecei a escrever esse texto. Mas certamente, eu lembro da sensação que estava tentando saber o paradeiro: rejeição. E dela não dá pra esquecer, porque ela age no corpo e na mente como se fosse imortal, e talvez seja (apesar se achar que tudo se explode com o Big Bang). 

O fato é que nesse momento, me deparei com a sensação de nunca ter sido escolhida...

Mas daí eu percebi que é apensas uma sensação. Ela pode ter feito sentido durante  todos esses anos, porém perdeu o poder, quando eu decidi escrever esse texto, e logo em seguida...
Me escolher!

Fácil fácil

Mas ainda antes de finalizar, vou mandar um alô/sugestões pra essas garotas;

Ao feto de 94, NÃO SAÍ DESSA BARRIGA, FICA AÍ!
A preocupada de 98/00; finge que tá dormindo. Tenta não perceber o óbvio.
A curiosa de 2004, não mexe nisso. Tem poeira, vai gripar; Esquece que viu papel e não abre nunca.
A nova mini empresária dark de 2005; Usa o ano do primeiro disco lançados dos Beatles como senha, e veste um casaco preto e seja a garota mais estranha da escola. 
A garota vulnerável de 2010; vomita tudo que puder, mas nunca chora.
A iludida de 2012; Gata, não vai rolar o Big Bang, foi mal.
A fraca do ano de 2017; Não esquece nunca: Fraqueza é Força!

Enfim garota... Estamos em 2020, tenta não morrer de covid-19 e escreve essa história. E por favor, não esquece de chorar durante todo o percurso dela!

Vamos começar de novo.
Ou seria melhor dizer, terminar?!
Alguém que sobreviveu ao Big Bang por favor me responde
...
Ninguém fala mais nada aqui
🙄

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