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Mostrando postagens de 2022

Tem um buraco na cama

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Começa tão de repente, que não da pra identificar um possível gatilho. Eu tô prestes a levantar da cama, decidida pedalar até o posto de gasolina, comprar um redbull zero açúcar pequeno, atravessar a rua, e fazer 50 pullups, 40 box jump, 30 pullup (porque não sei fazer c2b), e o go core depois. Tudo perfeitamente calculado; da tempo chegar pra aula de 19:15, e praguejar que ninguém vá pra de 20:15. Chegar mais cedo em casa com Ela, acalmar os meninos, comer pão de queijo, reclamar que não tem chocoki, e ver alguma coisa até dormir. É o final de uma terça-feira perfeita! Mas em milésimos de segundos, ela começa a falar comigo… e como sempre, ela tem razão! Eu tô pesada pra fazer pullup, e com 15 dias sem treino, minha mão abriria nos 10 primeiros; sem falar que sustentar tantos quilos sem tá treinando pegada, é impossível! Então 90 pullups, kkkk, nem nos mais fiéis sonhos do meu passado. Box jump? Nunca! Com as articulações enferrujadas e pesando tudo isso, não tem condição de sair do c...

Enfim, congelamos

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Eu sempre tive medo do gelo; porque mesmo depois que ele derrete, vira líquido, e se perde. E do líquido, evapora, e vira ar; e daí, nada sobra. A gente mente quando prega um amor que tudo tolera e jura aos quatro cantos do mundo que a fidelidade do corpo é sempre a mais forte; é aí que o fim começa; sorte que o mundo não tem cantos; porque ela, a fidelidade, cede. Quase como se diluísse na fragilidades dos dias pálidos.  O amor, claro, segue intacto; mas é aí que tende a nascer uma percepção perigosa e, infelizmente, eterna, a partir deste momento… o corpo que deseja pelo suprimento, parece não fazer parte do corpo que traduz as emoções e planeja a velhice em união. Mas são!  E insalubre, insano, pecado, é extremamente estimulante. Como um redbull, só que funcional. Deixar o corpo de volta na “pista”, e ser sã para pegar carona com quem passar; esclarecendo condições óbvias, mas se deixando vazar. É fluido, e dessa vez, viscoso;  Alguma coisa sai, para o que há “entre” s...

Poesia

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Minhas borboletas no estômago apareceram de novo. Elas voam de um lado pro outro, como se chegasse quase a passar pela minha garganta. Mas dessa vez não é fazendo festa . . Eu ainda consigo sentir a textura macia, carnuda e o gosto bom da sua boca, de quando a gente se beijou na primeira vez que eu sonhei contigo. Isso nunca saiu da minha cabeça, porque depois dessa noite, não houve nada que eu quisesse mais, do que você. . Ter nossos babys e nossa casa, hoje, me pareceu um pouco frágil; com todas as nossas responsabilidades e seguranças, eu ainda olho pro lado e você tá do outro lado da cama.  . Nossos olhos mudaram, e apesar de estarmos juntas nas nossas metas e planos futuros, hoje, a gente não dorme mais “em pilha”. Você se aqueceu nas suas barras de ferro, e anilhas cada vez maiores; eu fiquei com os excessos acessíveis que também me acolhe.  E na hora de contar como foi o dia, foi normal. . Tá faltando um frisante na nossa sala, e sobrando torrada com café na cozinha. Tá...

Um dia os meus cabelos longos

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Fui engolida Kurt explodiu a própria cabeça  Jim e Janis, implodiram o próprio coração Jimi, se asfixiou no próprio vômito Amy, extraviou o próprio cérebro, E eu, não sinto nada… Uma fonte de vida que se esgota e não é mais a mesmo. É tudo oco! Sem graça, sem sentido, sem perspetiva ou propósito. Quando bate o vento, eu não sinto frio. Quando bate o sol, não me sinto ferver. Em pé, eu canso. Sentada, dói as costas. Deitada, eu morro num sono que me afunda sem sombra e sendo a sobra. Falar, de que? Gritar, pra quem? Conter, o que? Escrever, amém. Não sinto medo. Não sinto raiva. Não sinto desejo. Não tenho pressa. Nem me vejo presa. Não sou indefesa. Não estou assustada. Nem sendo assistida. Não mando em nada. Não obedece ninguém. Não sonho com algo. Nem durmo com alguém. Meus olhos ardem Meu nariz escorre Minha boca racha Minha garganta ferve Meus seios incham Minha barriga multiplicou  Minhas pernas sugaram  Meus pés atrofiou Nada perde o que não se tem. Nenhum amigo man...

Deixa Queimar!

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Era uma noite agradável mediana, já passava nas 21h, e eu seguia firme e extremamente fraca nos meus excessos de fuga. Buds, bads e por aí vai. Focada em manter todo tipos e amor em modo avião, seguiu-se à noite a fora.  Os excessos que me levavam a inconsciência, me deixavam mais próxima de memórias também inconscientes, como sonhos. E resolvi, naquela noite, escrever sobre isso. No máximo 3 segundos de subconsciência e resgatou os desejos mais insanos de tantos anos de sexualidade aguçadissima. A boca mais afrontosa que eu já toquei. Eu lembro de ter tido uma das sensações mais orgásticas que já pude ter até então. Uma selagem apenas, eu desconfigurei. Acordei. Escrevi. Esqueci. Afoguei em 2 milímetros de Bud. Queimei com erva no final. Bodei. Acordei… Nua, com o olho ardendo no astigmatismo. Em frente uma janela da sala alheia. Inteira, satisfeita e dolorida com marcas de mordidas. Estava incrível. Porém, minha memória me traiu. E veio o questionamento, quem? As horas estavam pa...