Simples de Coração

E há quem diga que coisas pequenas não valem nada ou quase nada. 
Mal sabem eles, que estas pequenas coisas formam a vida, constroem os sonhos, concretizam nossa realidade, e fazem dessa realidade uma missão possível para que possamos compreender minimamente a noção de está feliz.
Somos a única espécie capaz de raciocinar e portanto, está, é sem dúvida, a característica que nos faz diferente de todos os outros animais. Pensar! 
E porque a grande maioria das vezes, preferimos não fazer isso?! 
Escolhemos gritar à falar. 
Reclamar à compreender. 
Desistir à tentar. 
Esperar à ousar. 
Calar à questionar. 
Reproduzir à aprender.
Estagnar à se movimentar. 
Retroceder à inovar.
Etc etc etc
E como se não bastasse, escolhemos não arcar com as consequências de nossas escolhas.
Culpamos pessoas/coisas/lugares/contextos, porque não entendemos que assumir um resultado negativo, é a atitude mais positiva que um ser racional pode/deve tomar.
Homem, não é aquele do gênero masculino ou aquele que pagas as contas e usa roupas elegantes, e sim aquele que tem caráter, dignidade e é responsável pelas ações a ponto de se orgulhar ao pedir desculpas e reconhecer seus limites.
Esperar por acontecimentos extraordinários é esperar e esperar e esperar mais uma vez, agora e para sempre. Estas coisas grandes não vem. Não acontecerão. 
E a espera lhe deixará enlouquecido e acostumado com o que lhe faz não ter nada a oferecer a você nem a ninguém. Nem mesmo suas próprias histórias.
Os bárbaros não vão voltar!
Lord Byron disse que "O amor nasce de pequenas coisas, vive delas e as vezes por elas morre".
E Alexander Supertramp continuou "na vida não é necessário ser forte, mas sentir-se forte".
Porque as câmeras se tornaram mais importantes que os nossos olhos? 
Em que momento a sensação de popularidade em redes sociais passaram a dar mais prazer, que as nossas vivências que jamais poderão ser explicadas?
Quando exatamente aconteceu essa desvalorização da humanidade e a qualidade/quantidade robótica se tornou o requisito para ser feliz/esperto/livre? 
Será verdade que mais ninguém se sente um rei na presença de sua rainha? Sem coroas, mantas, jóias e títulos?
Será mesmo que ninguém mais se percebe como importante por está andando, correndo, falando, vendo, escutando ou simplesmente vivendo?
Quem foi o responsável por modificar o verdadeiro valor de uma relação, seja de que âmbito ela for?
Porque o amor se transformou em esperança?
Logo este que sempre foi a base de tudo? 
A banalidade moveu o "ser humano" e ainda temos a audácia de achar que somos melhores que outros animais.
"Era uma vez" entrou em extinção. 
"Eu te amo" virou "Bom dia".
"Tudo bem?" se tornou um cumprimento sem resposta.
Os abraços estão cada vez menos apertados.
Os beijos cada vez menos intensificados.
Os olhares são de relâmpagos.
E coração... Virou moda não ter.
O desejo é que de repente, um surto de reconhecimento tome conta da terra, para que nós possamos nos dar conta que não há nada mais rico, satisfatório, motivador e melhor que engrandecer pequenas coisas e fazer delas os sentidos de estarmos vivos. 
Podendo se sentir feliz a grande maioria dos dias. Nem que seja por nada. 
E então, dar um nome a esse "nada".
Compreendendo que o processo de aprender e se desenvolver ocorre enquanto houver vida, e que é possível e inteligente de nossa parte, está sempre melhorando.
Porque é pelo seu melhor, que as pessoas dão o melhor de si.
E quem sabe daqui a algum tempo, poder está contando essa história a uma criança e conseguir ver seus olhos brilhando, quando ela ouvir a frase "Era uma vez..."


Já perdemos muito tempo
Brincando de perfeição
Esquecemos o que somos:
Simples de coração

Simples de Coração - Engenheiros do Hawaii



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