Caixa preta

Independência ou Morte?

Sim, no meio tem a vida toda. Com seus inícios e finais, destroços e reposts, levezas e falhas. E sempre o "e", nunca o "ou". No meio não tem escolha, tem mistura, tritura, moldura e postura. Essa que nem morre nem vive, mas se mantém no entre.

A caixa preta é onde tá tudo sem ter nada. 

Para as crianças é a "coisa ruim".

Para os adolescentes é a bad mor, mesmo sem ter nome.

Para os adultos é a fuga mais óbvia.

Para os idosos é o que não tem mais motivo pra falar.

Para os mortos, deve ser o looping infernal.

Pra mim, é tudo isso junto.

Esse texto já teve um fim antes de começar. 

Porque quando comecei a escrever não tava mais com sensação vital, só tinha sono. O sono que me foge e me fode. 

A Anna e o Marlon me sugeriram deixar registros antes de dormir pra eu lembrar no próximo mundo, do mundo anterior. 

Meu sono faz migrar e desintegrar o que nunca esteve junto, muito menos íntegro.

Pertencer é um verbo para os fracos!

Só eles tem memórias para manter no outro dia e aprender com sua própria história.

Bom, eu sempre fui forte o suficiente pra sustentar todas as minhas fantasias, as de carnaval, as de natal, as de família, as de profissional, e amanhã é dia de colocar a de terça-feira.

Independência É morte!

(O assento/acento foi proposital, o sangramento não)