Só tenho você


Quando toco o teu corpo

Com a ponta dos meus dedos

Ressuscita um ex morno

Que se faz cobaia para os erros


O arrepio que se faz por dentro

Da pele, do tecido e da mente

O som que extremece lento

De um amante displicente


A vida se torna mais leve

Quando o corpo interno toca

Quando teu suor ferve

Quando o avesso se mostra


Interromper um ato que unifica

É dar forma ao desforme

Legitimar o espaço do entre

E esperar que a vida o contorne


É infinito o tanto num alento

Voltar pra perto de ti de novo

Enquanto o medo não vira tormento

Reconheço todas as curvas do seu corpo




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