Eu gosto disso!


Há quem discorde, mas verbalizar é um dos verbos mais práticos que já tomou nosso controle. 
Falar pode ser feio, bonito, rico, banal, cômodo ou involuntário, mas infelizmente jamais será confiável. 
Todos os sons que saem de nós, são um conjunto de comportamentos controlados e portanto, manuseáveis. 
Quando envolve o abstrato, torna-se uma garantia menor ainda.
Falar sobre o que sentimos, para muitos se intensificou e se modificou a algo mais confortável e acessível. 
Para outros, pode até ser um verbo travado, mas que jamais irá se compadecer de um grande feito.
E mais uma vez, cá estou, escrevendo sobre este, tão amado Amor.
Este que transcende todo e qualquer verbo, feito e não feito. 
Este que habita toda vida e por toda a vida.
Este o qual, nunca estamos prontos, e completamente disponíveis.
Para Este, eu não escrevo nada. 
Não falo nada. 
Tampouco, ouso afastá-lo ou aproximá-lo.
Mas para os que Este lhe foi desvendado, deixo sem mais delongas e pausas poéticas.
Não nos damos conta de que as coisas podem mudar, até o momento em que elas mudam. 
Estar salvo não é humanamente possível, menos ainda, transmutar a salvação de alguém.
Mas compreender o que lhe foi honrado é antes de mais nada, humano.
Amor sempre terá vários sinônimos, alguns deles nós conhecemos, outros nunca ouvimos falar e já outros nunca passaria pela nossa cabeça que fossem vir a ser sinônimo de amor. 
Mas todos eles são. 
As relações que a vida forma, e por elas seguem, são sempre relações de sinônimos, de todos eles. 
Ninguém é responsável por ter iniciado uma relação, muito menos por encerra-la, quem faz isso são os sinônimos que aparecem a reaparecem nesse seguimento. 
Somos responsáveis por permitir e colaborar que haja construção a cada dia, mesmo que estas sejam destruições, e que venham pensamentos capazes de compreender a grandeza de um sinônimo numa troca de emoções, as vezes baratas e as vezes intensas, mas sempre emoções, que nos faz ter o prazer de ser humano e ver que é possível ser, antes de mais nada, uma suspeita que deu certo.
Sentir esse tal Amor, é arriscar que em meio a uma infinidade de sinônimos, apostar na sensação, é acreditar na melhor hipótese.
É muito fácil ser cínico sobre o Amor.
Mas sempre será impossível pôr o amante e o cinismo sob uma mesma hipótese.
Por vezes entendi a Paz como o bem universal.
Mal sabia eu, que está é apenas mais um sinônimo.
E então, desta vez, digo a mim:
Não abrirei mão de algo bom!

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