Temporada das flores
Cora Coralina escalou as montanhas da vida, removendo pedras e plantando flores.
Quem talvez me recorde, saberá que a finitude dos meus dias, é tão frágil quanto as montanhas que escalamos.
Quem talvez me abuse, saberá que a insuficiência do meu prazer, é tão seca quanto as pedras que nos arranham.
Mas quem certamente já me sentiu, sabe que a minha peculiaridade de ser interna, está tão explodida quanto os devaneios de quem colhe flores.
Depois de um longo e sinuoso inverno;
Depois de um ardente verão;
E de uma época acinzentada de outono...
A colheita das flores me indicam sentidos.
Depois de confundir belezas com perigos quase fatais, e sobretudo, introduzi-los a minha interna maneira de desabar, outros cheiros estão submergindo minha entrelinhas.
É o início de voltar a superfície e desafundar de comas emocionais.
A ordem não me move, a desordem não me afeta.
Mas justa medida se posiciona mesmo que seja de cabeça para baixo, e me faz lembrar no que vem depois.
E o que vem depois?
Vamos recomeçar!
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