O quarto elemento
Há tempos os três encontros não me eram citados.
Há tempos três memórias não me encontravam.
Há mais tempos, três marcas não ficavam em alto relevo.
Citaram.
Encontraram.
Ficaram.
1. A segregação veio como uma bomba.
9 anos e meio.
Ter que ficar presa no meio de dois grandes amores.
Família as vezes vira disputa.
Amor as vezes vira vergonha.
Isso deixa a união deslocada.
E então, a forma como percebemos a sensibilidade começa a ser alterada.
2. A perda vem como uma explosão.
14 anos.
Ter que ficar presa na ausência de explicação.
Esperança as vezes vira vazio.
Tentativa as vezes vira tédio.
Isso deixa a frieza ativa.
E então, a forma como lidamos com a sensibilidade, continua a ser desconstruída.
3. A invasão vem como cinzas.
17 anos e meio.
Ter que ficar presa no silêncio do desespero.
Prazer as vezes vira medo.
Relação as vezes vira horror.
Isso deixa a frustração comum.
E então, a maneira como acreditamos na sensibilidade, passa a ser questionável.
Sempre amei a solidão do número 3.
Achei que era suficiente para lembrar que um dos três sempre estaria sozinho.
Mas...
4. O que move a falta de sentidos, tatuou tudo em preto.
22 anos e meio.
Ter que ficar presa ao nada.
E então...
O que é sensibilidade?
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